terça-feira, abril 10, 2007

Às vezes andamos mesmo tristes...


È verdade caros leitores. Ás vezes andamos tristes com o que se passa á nossa volta. Ficamos e andamos revoltados com coisas tão grandes como ficamos com pequenas coisas. Naturalmente que umas vezes somos culpados, outras culpamos e outras ainda somos apenas fruto das raivas ou dissabores do momento. Sabem...uma das coisas que menos gosto e de que nunca fui alvo é que me apontassem o dedo em riste e me culpassem de algo que eu sei nao ser o culpado.Já vos aconteceu? A mim acontece todos os dias! Ou quase todos. Bom...nao tão exageradamente! De qualquer forma quem não se sentenao é filho de boa gente. E ás vezes sentimo-nos assim.


Tenho em mente e em crer que na verdade muitas vezes nós como pessoas não fazemos sempre o melhor. Bom seria se todos andassemos de mãos dadas com a perfeição. De facto isso não acontece porque somos seres imperfeitos. Mas nesta mesma estrutura de imperfeição há que salientar o facto de sermos e termos qualidades acima da média, mas que nem todas aproveitam ou sabemos como pessoas e gentes aproveitar.Todos temos a noção efectiva de que temos por assim dizer " defeito de fabrico" ; certo é e será dizer que mesmo com defeitos as nossas qualidades muitas vezes sobrepõe-se a tudo isto. Ás vezes andamos tristes porque nem só de alegrias vive o ser humano. A nossa condição estrutural é posta á prova em muitos casos.


De um lado temos as pessoas que nos amam, que nos querem bem e naturalmente pressupondo que somos pessoas de bem tratam-nos como tal. Por outro temos os defeitos que nem sempre estão á vista de todos. Defeitos esses que se mantem muitas vezes á margem , escondidos, num plano de conhecimento muitas vezes aquém daquilo que deveria ser. Eu tenho defeitos, assim como toda a gente. Tenho qualidades assim como tantos outros. Tanto nas derrotas como nas vitórias não existem herois ou derrotados...apenas pessoas que ganham e perdem. Tanto vitorias como derrotas já todos nós tivemos. No meio desta forma de sermos e nos mostrarmos aos outros, existem uns que nos veêm conforme somos e conforme mostramos. E existem os outros que lêem através dos actos o julgamento da propria consciência.


Não é possivel agradar a gregos e a troianos. Como não é possivel mostrar que o pior que temos e o melhor que temos. Andamos de certa forma a conta gotas. E andamos a conta gotas porque a visão dos defeitos cabe muitas vezes apenas a dois tipos de pessoas. Mãe e filhos. Não existe melhor do que uma mae ou o proprio filho(a) do conhecimento profundo daquilo que temos ou nao temos como seres humanos. Existe durante a vida uma amostra daquilo que somos. Da parte boa e parte má. Cabe ás pessoas que connosco trilham o caminho da vida a observação errónea ou verdadeira sob a forma como nos veêm. Nem sempre estão certas quanto aquilo que verdadeiramente somos. Muitas vezes acertam, outras nem por isso.


Quanto a mim tenho a plena certeza em mim que apesar dos meus defeitos tenho orgulho na forma como sou para mim e para os outros. Mesmo que a observação ou os dedos inquisidores sejam como na roleta russa. Um dia somos bons...outro maus. Um dia ganha-se....outro perde-se. No entanto a roda da vida é isto mesmo. È sermos e termos consciência daquilo que somos e não somos. Fazemos e não fazemos. Ás vezes andamos tristes. Também connosco é uma verdade. Porque nao somos imunes aos erros.
Mas também com os outros. Eu sei que erro...e erro tantas vezes em tanta coisa, mas de uma coisa eu sei dentro de mim...não sou aquilo que as pessoas em algum momento possam pensar que sou. E é nisto, na minha forma de ser que tenho de me debruçar.
Eu não gosto das injustiças que outros cometem sobre outros.Como nao gosto das injustiças que outros cometem sobre mim. Mas também e em verdade temos de dar ás outras pessoas o direito á sua opinião sobre nós mesmos.Liberdade de expressão seja correcta ou na medida que fôr é sempre bem vinda. De certa forma também nos faz olhar para nós e perguntar " Será que é mesmo?".....


Bruno Fernandes

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