quarta-feira, novembro 15, 2006

Dasse....115?

MALTA SO PARA AVISAR QUE ......O BLOG ATINGIU A MÓDICA QUANTIA DE 115 PESSOAS!!!! YESSSSSSSSSSS!!!


OBRIGADO A TODOS!! EU CONTINUO...ESPERO QUE VOCÊS TAMBEM!

Ter tempo...é um erro...

Pois é amigos! Como sabem muitos de vós, aqui a vossa estimnada e querida pessoa, prezada por todos vós, vem hoje fazer a mea culpa numa determinada situação.
Bom a questão que me colocam há anos é a seguinte:
Já tiras-te a carta?
A resposta que dou normalmente é: Isso vai com o tempo ou está a ir?
Está a ir quer dizer que vai lá chegar? È que se está a ir ainda nao chegou lá! Se nao chegou lá quer dizer que ainda falta não é? Bom...se ainda falta é porque ainda estou a tratar disso...mas...se ainda estou a tratar ...é porque ainda não trataei na totalidade. Ou seja...ter tempo...é um erro.
Imaginem só...um rapaz como eu, crivado de potencialidades que se fossem aproveitadas por mim ao máximo não seria um génio, nem nada parecido mas a forma de olharem para mim, seria mais segura e determinante nas objecções que as pessoas colocam acerca da minha pessoa. Não tenho a minima duvida que lá no intimo de muita gente dizem mais ou menos isto de mim " hgfdiskbsdagfas".....pronto...algo parecido.
Na verdade, perdemos imenso tempo com o tempo. Temos sempre ou pensamos ter sempre tempo para tudo. No meu caso duas questões terminantes. A carta e a Escola. Ou seja...um luxo e a educação. Ou se por outra preferirem, Um bem material hoje mais necessário e a minha propria profissionalização educativa. Durante anos deixei passar muitas oportunidades. Pensei sempre que o tempo encarregar-se ia de me facultar a oportunidade que eu desejava. Ou seja...que o espirito santo tira-se uma folga, viesse até mim como quem visita a virgem maria e num "plim" eu tivesse as coisas.
Nesta vertente egoista e preguiçosa, não me posso dar ao luxo de olhar para os outros e dizer "Eles tem e eu não".Ponto primeiro...Eles tem...porque assim o fizeram para ter. Eu nao tenho..porque assim nao o fiz para merecer. Simples não é?
Com a idade que tenho , deveria já estar mais ao nivel daquilo que em mais novo eu preconizava. Mas com esta idade tambem vou a tempo de viver os meus objectivos e sonhos. Sem duvida que ter tempo...e fazer do tempo uma brincadeira da vida...é um erro. Vejo-me muitas vezes na posse dos meus sonhos e objectivos...tambem é uma verdade. Tão verdade como ser ambicioso sem nada fazer para dar continuidade á propria ambiçao de ter...mas com actos.
Quando olhamos para o lado e vemos as pessoas a passarem-nos á frente, da-nos um certo alento que deveriamos tambem tentar por nos fazer algo. Tomar decisões , nunca foi o meu forte. Detesto tomar decisões. Sou preguiçoso é uma verdade. Mas um preguiçoso de que nada me vale ser, mesmo que pense que a preguiça tem potencialidades. Pensar assim sem explorar tudo o que tenho é o mesmo que ir á praia, querer tomar banho mas nao vou por causa das alforrecas. Pronto...ou algo parecido.
Às vezes tenho a sensaçao que os outros olham para mim com cara de " Eu agora tenho o que quero" ou seja como se fosse uma forma de me picarem e até quiça incentivarem na busca de me fazerem ver que "Wake up Man...You can do it to"
Hoje como de há uns tres anos para cá, ando numa motinha, olhando para os lados, para os amigos, para as pessoas que conseguiram chegar onde chegaram, nos seus carros, nos seus bons trabalhos , com as suas namoradas e penso....Ter tempo...é um erro...
Bruno Fernandes

Ate que ponto?

Até que ponto estamos conscientes do bem ou mal que fazemos pelos outros? Até que ponto sabemos que o que fazemos é certo ou é errado? Desde os primordios dos tempos que temos uma natureza pura. Todos nós temos bondade , amor,carinho, solidariedade, fraternidade pelo proximo. Acontece que não estamos habituados a desenvolver esse lado da moeda. Porque todos somos puros quando nascemos. Todos sem excepção.

Mas as nossas mentes tornam-se ordinárias. Tornam-se crueis, maldosas, invejosas e maliciosas. Não conseguimos manter essa pureza inicial porque nos perdemos na encruzilhada da vida. Perdemo-nos pelo medo, pelos companhias, por factores que nos fazem aos poucos deixar de ser quem nós eramos inicialmente. Sim...porque nós nao somos os mesmos que nascemos. Fomos alterando constantemente ao longo dos anos os nossos hábitos. As nossas visões. A forma de sentir, de dar e receber alterou-se definitivamente.

Até que ponto podemos alterar o estado de escuridão, a nossa forma de ver as coisas? Tenho-me debruçado no sentido de me perceber melhor. Tenho lido, frases, livros, visto e revisto os "profetas" os Gurus que de uma forma ou de outra falam da felicidade e do amor e tudo o que assim está ligado inerentemente. Não me tenho debruçado no sentido de me reger por alguém. Tenho tentado perceber por mim proprio. Contruir eu proprio as minhas frases, construir eu proprio o meu castelo de harmonia , amor e tudo o que tenha a ver com isto de forma a que as portas desse castelo um dia se abram na totalidade para toda a gente.

Houve grandes nomes na humanidade a quem vulgarmente chamamos de os "iluminados". Jesus Cristo, Ghandi entre outros foram pessoas que estavam muito á frente no seu tempo. Tinham uma ideologia de pregaçao de paz e amor que poucos o entendiam. Ou eram considerados bruxos ou agitadores malvados de multidões. Morreram por profetizarem e proferirem amor. Amor...simplesmente isto! Hoje....passados tantos anos...séculos até...continuamos nessa busca incessante.



Mas até que ponto...existe a necessidade de tanta procura...se isso já existe dentro de nós?
Porque é tão dificil as relações? As pessoas? As formas de entendimento? Porque é mais fácil sermos egoistas? Criminosos? Agitadores? Crueis? Assassinos? Porque é mais fácil o mal...e mais dificil o bem?



Bom...quanto a mim...é mais fácil ser estupido do que inteligente. Simplesmente porque não nos damos ao trabalho de aprender, de escutar, de ouvir pacientemente tudo. Simplesmente porque não estamos prontos. Porque achamos que somos os donos da razão no sentido de que estamos preparados para tudo. Sabemos sempre tudo. Não sabemos é nada. Enquanto não nos olharmos ao espelho e não dissermos " Tu não prestas" vezes sem conta , não conseguiremos ir mais além. E dizer tu "Não prestas" vezes sem conta é começarmos a fazermo-nos interrogações do tipo...Será? Mas....não presto mesmo? Mas....como assim?



Até que ponto é que podemo-nos conhecer de verdade? Eu posso muito bem enganar-me no sentido de me auto-intitular o Profeta da mensagem da paz e do amor. Basta-me ler vezes sem conta, basta-me saber utilizar parabolas e fazer um pouco de teatro no sentido de chegar ao coraçao das pessoas. O que eu quero dizer é que: Descobrir o amor, fraternidade, segurança nas palavras, paz e Harmonia celestial não está apenas nas leituras ou escritos! Está em nós como pessoas...está na forma como nos entregamos ao amor sem medo. Porque ao sentirmos medo de fazermos essa entrega como se fosse algo vergonhoso...é o mesmo que dizer que nao estamos prontos para nada. Às vezes pensamos que já temos o sentido do amor e da alegria pelos momentos da vida. Mas basta ás vezes carregarem no botão errado para esse mesmo sentido de tudo isso , dessa ordem universal se transformar em ódios e raivas.



Até que ponto sabemos mesmo de paz? De amor? Até que ponto sacrificamos isso por outros?Por nós?Até que ponto amamos mesmo para dar todo o amor que temos ? Até que ponto? A nossa vida ás vezes ilude-nos! Para estarmos bem...não precisamos muitas vezes de amor...precisamos que os outros estejam bem connosco. E quanto a mim...o amor deveria ser algo que absorvesse tudo com amor...como um aspirados.Como quem leva numa face e entrega outra.Mas...até que ponto...estamos mesmo preparados para isso?



So nos resta...trabalharmos o amor....apenas isso...



Bruno Fernandes

terça-feira, novembro 14, 2006

Tocando em frente...

Como diz a música: Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais. Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz!
Há vários momentos na nossa vida em que nos achamos um Patinho Feio. Todos conhecem a história do patinho, que nasce no ninho errado e passa a história inteira a tentar achar o seu bando, a sua familia. Pois também assim é com o ser humano. No decorrer da vida, mudamos de bando muitas vezes.

À medida que vivemos, vamos amadurecendo ou não, aprendendo ou não, enfim... vamos nos modificando e em dado momento chegamos a conclusão que não fazemos mais parte daquele bando onde estamos. È como se tivessemos de nascer de novo e acordar para um novo dia.
Esta conclusão deixa-nos muitas vezes perplexos (e o bando alvoroçado). Depois de tantas experiências vividas, tantos segredos compartilhados, tantos momentos felizes? E nós confusos pensamos: Mudaram eles ou mudei eu? Afinal o que se passou ? O que aconteceu na realidade? A resposta é que todos mudaram! Todos...ou quase todos. E faz parte da evolução humana, as pessoas irem buscando novos bandos e novos caminhos no decorrer da vida. È complicado adaptarmo-nos a novas realidades. Novas vertentes da vida quando estamos habituados a determinado bando, a determinada forma de estar e conviver. Faz parte da evolução ( pelo menos é o que dizem) termos de nos apresentar prontos que nem um exército á espera das ordens do seu comandante. Há necessáriamente que progredir.Sendo que progredir é evoluir.

Alguns tem medo de se aventurar fora do seu bando e permanecem ali. Insatisfeitos ou acomodados, achando que a vida não lhes oferece mais nada, e que o melhor é continuar na segurança que o bando lhe oferece. Muitas vezes não o fazem nem por falta de coragem, nem por falta de alternativas. Fazem-no porque se sentem bem de acordo com o que o bando lhes ofereçe. Mesmo que essa oferenda nao seja sempre do agrado, a segurança entre o ter e o nao ter recai sempre pelo que queremos e não por algo que nao sabemos se podemos vir a ter.
Essas pessoas acabam virando cisnes, mas ainda vêem sua imagem distorcida de patinho feio na água. Outras pessoas nunca acham um bando. Nenhum bando lhes agrada e em nenhum lugar elas se sentem bem. Essas pessoas voam como patos selvagens de acordo com a mudança dos ventos. Tendem a serem sozinhas, tendem a preferir que a sua vida lhes dará maior segurança e alegria num estado mais solitário. Outras se encaixam em vários bandos.
São versáteis e e são que nem camaleões. Nós vamos ver essas pessoas, como se fossem patos que se sentem bem em qualquer lugar, seja num galinheiro ou com um bando de gralhas. Mas a maioria das pessoas buscam seu bando, aonde possam se sentir cisnes. Aonde se possam sentir que nem peixes na água. De certa forma e na medida certa andamos sempre preocupados connosco. Se seremos felizes?Se nos farão felizes? Se não ficaremos sozinhos? Tratarao de nós? Quem nos dará a mão?
A preocupaçao quase "louca" de termos uma vida desafogada, livre e em paz, cria em nós uma ansiedade que só pára quando nos sentirmos estabilizados. Quando temos a estabilidade encontrada no bando, sentimo-nos felizes. E aí todos vivemos como que longe do mundo. Nós queremos paz no nosso mundo. E o nosso mundo ( e falando de um modo egoista) é o nosso mundo mesmo. O nosso bando. A nossa vida. Se é mau pensar assim? Pois...tenho a certeza que não. Porque todos o fazemos. Não podemos , nem temos o dom de mudar o mundo todo, por essa via a unica coisa que podemos modificar é senão o nosso Bando. Encontrar novas alegrias. Apagar as tristezas e como diz a musica...tocar em frente.

Em alguns momentos, de transição, para as pessoas, elas sentem que não se encaixam mais em nenhum bando que elas conhecem. Em nenhum lugar se sentem bem, os antigos amigos não são mais as melhores companhias do mundo, a família não consegue mais curar suas feridas, o emprego não lhe traz mais nenhuma novidade, o seu grande amor não é tão grande assim e já não é tão necessário assim. Porque na realidade, ao afastarmo-nos do bando queremos cortar com o cordão que nos ligava a esse bando. Apenas queremos ter a foto do bando na nossa mesinha de cabeçeira. Apenas nas vagas memorias que temos preferimos manter uma certa distancia no pensamento. É um momento difícil a busca do seu bando, porque nem todos estão preparados para tal. Mas a grande noticia é que, no final: Todos nós nos podemos transformar num cisnes.
Na verdade a segurança que procuramos é uma ilusão. È uma ilusão constante pensarmos na felicidade como meta ou objectivo. Não que nao possamos pensar. Não que seja mau pensar, mas cria tanta ansiedade que nesse caminho os erros são por demais evidentes. As nossas escolhas determinam também elas a nossa felicidade. Ainda nao entendi foi o porquê de termos de escolher alguem para nos complementalizar nessa felicidade. Será porque somos inuteis sozinhos? Bom...isso será outro assunto.
Temos de viver a vida a cada minuto, pensar nesse minuto numa forma de ser feliz. De tentar eu proprio a minha felicidade á minha maneira. Sozinho, acompanhado, com amigos ou sem a felicidade é o momento. Se pensar na felicidade como uma meta, então o mais provavel é quando e se a atingir é depois olhar para tras e dizer que nao fui feliz. Portanto a felicidade é uma ilusão. Para mim felicidade tem a ver com reacções, com a forma como surpreendemos a outra pessoa, com a forma como alegramos os outros. Felicidade é nao ter medo das consequencias do amor. De dizer que se quer, que se ama, que se deseja. Felicidade é um todo. E isto é o mais complicado. Estamos sempre presos ao que os outros pensam do amor. Estamos sempre presos nas palavras. Morrer mudo é pior que morrer surdo!
Um trabalho de mudança de bando, de vida, seja do patinho seja do palhaço que muda de circo exige acima de tudo uma retrospectiva interior enorme. Quando mudamos de repente e rompemos definitivamente e de forma rude com o passado não estamos de certo a fazer retrospectivas.Não existe tempo para isso. Apenas existe tempo para a mudança.Mudança essa fisica e temporal. Primeirotemos de procurar os sentimentos de auto-estima, vaidade pessoal, arrogância, ganância, agressividade, desprezo, e outros tantos que todos nós trazemos dentro de nossos corações. Escrever num papel e avaliar cada um deles é uma decisão boa a tomar. Quando mudamos de bando, toda a agressividade que traziamos do anterior continua cá dentro. A não ser que a mudança propiciada seja interior, ir ao fundo do poço, perceber de facto os erros, o nosso interior, saber perdoar para termos uma vida mais capaz e livre será concerteza uma forma mais nobre e mais feliz de aí sim...podermos estar de bem com todos.
Na verdade não somos Anjos, nem somos portadores do virus da cura para tudo. Somos maus, mesquinhos. Na verdade trazemos até nós todo um manto branco de paz interior mas dentro de nós estamos cheios de inquinidade egoista em relaçao aos outros. Nota-se nas pequenas coisas, nos pequenos passos, nas amarguras do ser. Não temos dom de prespectivar tantas mudanças em nós de uma maneira geral. Operamos sim enormidades de feitos dignos de registo. Mas a maior de todas as mudanças é o amor. È o facto de sabermos dar e de aprendermos a receber. E quanto a isso não estamos todos preparados. Não porque nao existe mudanças, mas porque não estamos totalmente consciencializados para tudo na verdade. Criamos em nós a mentira de que ansiamos por amor, paz, riqueza interior etc. Mas não é uma mentira de maldade, ou de intuitos prevaricadores na nossa consciencia. è uma mentira posta algures em nós de que somos capazes e estamos capacitados de efectuar e dar paz. O meu pior medo....receio...não é da paz que se prega, não é dos homens que se transformam de repente em profetas, nem daqueles que apregoam a paz como um bem de consumo. O meu pior medo...é das pessoas...
Bruno Fernandes