sábado, agosto 14, 2010

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NUNCA ERROU...


Existe uma piada móbida sobre Maria Madalena quando do seu suposto ( ou tentativa) de apedrejamento.
Na época Jesus Cristo pegou numa pedra e disse:

-Atire a primeira Pedra quem nunca errou!!!
Um homem que se encontrava no meio da multidão, pegou então numa pedra e jogou contra maria madalena abrindo a cabeça desta. Jesus Cristo gritou então:
-Tá louco!??!?-Ao que o homem retorquiu-
-Ué...dessa distância ...nunca falho!

Errar...falhar...cometer erros, é considerado normal. Na verdade todos erramos. Eu erro tantas vezes. Quem nunca cometeu mentiras? Proferiu mentiras? Grandes, pequenas, duvidosas e até mentiras que se tornam verdades?

Quando falamos de moral, transparência ou ética da própria razão, falamos muitas vezes de boca cheia. Neste Blog, e tem sensivelmente 5 anos, houve muitos momentos, em que coloqueis frases, tirei ideias e até deixei transparecer aqui, algumas linhas retiradas de outras pessoas, que desses seguimento á minha ideia original do que penso e acredito. Torna-se assim ou proporciona-se assim a abertura de uma singela discussão. Plágio.

Tinha um a namorada que costumava enviar para mim mensagens de conteudo bonito, frases feitas que eu sabia que não pertenciam a ela. Mas tinha a noção fruto da sua fraca forma de se expressar que o intuito era dizer-me o que sentia.

Tinha duas formas de encarar isto. Ou chamava-a á atenção sobre os seus sentimentos e fazia-a sentir que ela tinha de ser verdadeira e transparente, ou simplesmente, entendia a mensagem nas entrelinhas e entendia como algo que vinha do coração.

No meu caso e aqui neste blog, procuro sempre ser transparente comigo e com vocês. Pesquiso muitas vezes sobre assuntos, tento perceber se as minhas ideias tem a sua lógica, são entendidas e procuro com isso dar uma liberdade maior também a mim mesmo. Ninguém quer ser ditador e impor ideias.

De tantos textos que tenho aqui escritos, existem muitas frases, citações que não pertencem a mim. Quando citamos alguém, quando procuramos dar ao leitor a nossa ideia, a nossa visão, a concordância com contextos e ideais de outras pessoas que encaixam também no sentido prático e transparente que temos, estamos todos a abrir horizontes, para que todos entendam da melhor forma o significado das coisas.

Eu confesso que sou limitado na escrita. Confesso que todos temos limitações inerentes ao nosso ser.Não que me ache pouco inteligente, com pouca margem de manobra ou simplesmente um "escritor" frustrado e sem ideias próprias. Muito longe disso.

Leio imensos blogs, comentários, revistas, jornais e afins. Tudo o que vá de encontro á minha ideia base do que penso e quero proporcionar ás pessoas , tento manter-me o máximo coerente e transcrever o que sinto.

às vezes faltam palavras, faltam até ideias. Um dia estamos bem e conseguimos dizer tudo o que sentimos, em outros dias, ás vezes nada sai bem. Mas a nossa essência , a minha essência está sempre presente quando aqui escrevo.

Frases, palavras, linhas que me proporcionam verdades que tenho para mim , não considero plágio, como se fosse um roubo traumatizante que nos molda a essência e nos transforma em ladrões de ideias de outros.

Poderão ( e numa discussão aberta, existe o direito de todos se pronunciarem-Culpado ou Inocente) dizer, perguntar-se em muitos momentos naquilo que leem aqui ou em qualqer outro lado, se contêm toda a veracidade supostamente atribuida a uma ideia única. Se essa veracidade pertence á pessoa ou se essa pessoa se apropriou da ideia de outro, para dar a entender algo que ela concorda ...mas que ela não o é.

Aliás podemos fazer mil e uma contas. Podemos nos desdobrar a tentar perceber até que ponto somos verdadeiros ou falsos. Quem é verdadeiro na sua essência e quem é falso na sua suposta moralidade de ética ou valores interiores?

A pergunta que se faz é: É ético, moral, verdadeiro ou certo retirar uma frase, umas linhas , uma explicação plausivel de outra pessoa e colocarmos no Blog?

A pergunta que se coloca é: Será que fazendo isso, estamos a desmerecer a ideia de outro e a apropriarmo-nos da essência de pensamento dessa pessoa em nosso prol?

A pergunta é: Ao fazer isso pretendemos mostrar que somos inteligentes, ganhar os louros de comentários elogiosos ou simplesmente, demostrar que no contexto, na ideia, no conteúdo total de uma escrita, existe toda uma liberdade que nos é proporcionada, por aqueles cuja as ideias, os ideais, as explicações são fruto da liberdade de um núcleo que pensa e pretende transmitir também o mesmo que nós na ideia original?

A pergunta é: Quem de vocês , fruto de estudo, concepção de ideias através de outros, pesquisa, nunca na verdade concordou, "Plagiou", copiou ou deu no seu próprio contexto a arte de explanar, através de um conceito, ideia a vossa forma de entendimento através de frases, palavras ou ideiais concordantes, fruto de uma visão que visa proporcionar aos outros um entendimento melhor?

A questão final: O mundo que vivemos , onde actuamos, as ideias que existem são fruto ( e já disse aqui em um post anterior) de pessoas, gentes, filosofos, que já não estão entre nós. O que explanamos, como amor, traição, amizade, guerra, conflitos,sentimentos, ciumes, mal, bem, Deus, ciência e afins...foi deixado por alguém, ensiando por alguém. O estudo da vida, das pessoas, de tudo isto é seguido de geração em geração. O que damos na verdade são retoques através dos nossos pensamentos, genialidade que muitos possuimos na arte de escrever, de forma a mostrar também o que pensamos através da nossa visão. Mas sempre baseado através da visão de alguem.

Quando explicamos algo,  explicamos baseados no que aprendemos, no que nos deram a aprender. Todos plagiamos porque sozinhos, sem ideais, sem história, cultura, passado de geração em geração, de livros, de autores famosos...seríamos apenas a própria incongruência desmedida  como uns animais sem inteligência e percepção da realidade no seu todo.

Então amigos...quem de vocês nunca errou?  E se erraram...sois vós gentes de mal e incongruência para os outros? Se a nossa veracidade não é a veracidade dos outros...se o nosso estudo, os nossos "plágios", não são a essência , a transparência que temos na verdade que possuímos através da história também...somos o quê? Um bando de mentirosos?

A nossa genialidade não é a genialidade dos outros. È apenas a consequência da razão que possuímos através da arte do mundo. E arte amigos...é amor, amizade, transparência e prazer de pensar que com as mãos escrevemos o que o coração nos permite dizer em prol da nossa própria defesa.

Hasta la vista ( Ops....plágio....Retirado do Filme - " Extreminados Implacável"!

1 comentário:

Cris Medeiros disse...

Uma vez me arrisquei a escrever um poema, que ficou parecido com um da Clarice Lispector. Claro que ela escreveu bem melhor que eu... rs... Mas a questão é que não conhecia o poema dela, e quem me alertou para o fato foi uma amiga... Então eu vi que no mundo tudo se repete, mesmo que a gente não tenha consciência que está se repetindo... Então é relaxar e seguir em frente fazendo, escrevendo do jeito que quiser...

Só não dá pra admitir mesmo é plágio do tipo "copia e cola" se apossando do texto de alguém, aí já é sacanagem... rs

Beijocas